Akita

Akita

Curiosidades

Esta raça tem uma esperança média de vida de aproximadamente 12 anos de idade. Existem alguns registos de ocorrência de doenças graves nesta estirpe, de que são exemplo a displasia da anca, problemas do foro neurológico e entropia.

O seu pêlo deve ser escovado mensalmente e com mais frequência na mudança de estações.

Este é um cão que necessita de praticar bastante exercício físico já que o seu porte de atleta torna-se irrequieto se fechado em casa o dia todo. O ideal é que o levem a passear e a correr (em zonas seguras, sem cães à solta) até duas horas por dia.

Estes animais têm um apetite avultado, mas não desproporcional ao seu tamanho e constituição física. Uma alimentação equilibrada é crucial para que cresçam saudáveis.

Podem viver dentro de casa desde que pratiquem alguma actividade física diariamente.

Temperamento

O Akita é portador de instintos de caça bastante apurados e é fisicamente bastante robusto. Adicione-se-lhe um temperamento independente e dominante, para não ser provavelmente a melhor opção para um dono pouco experiente.

Na sua relação com os donos, é gentil e dócil, demonstrando ser um amigo leal, sempre pronto a proteger o seu dono e a propriedade.

Não é um animal muito sociável, no sentido em que não aprecia particularmente a companhia de crianças (mas tolera as da família) e pode ter atitudes agressivas face a animais de estimação que lhe sejam estranhos.

O ideal é que seja habituado desde pequeno a conviver com pessoas que lhe sejam estranhas e sujeito a uma educação firme e consistente, por forma a que se garanta o seu controlo em situações de maior espontaneidade.

Necessita igualmente de muita atenção por parte do dono, que o deve despertar para as mais variadas actividades, já que é muito energético. Como cães de guarda são extremamente corajosos, atentos e algo silenciosos.

Descrição

O Akita é um cão de porte grande, cuja altura na cernelha varia, nos machos, entre os 66-71cm, e nas fêmeas, entre os 61-66cm. O seu peso oscila entre os 33,7 e 48,6Kg.

A sua pelagem é áspera, lisa e dura e o subpêlo é bastante denso e macio. São permitidas quaisquer cores malhadas e maltrado (branco com manchas pretas irregulares). A região facial por vezes apresenta uma máscara de cor igualmente variável.

O crânio é grande e achatado, a testa larga e o chanfro é bem definido. O focinho é de comprimento moderado e afunila ligeiramente. Os olhos amendoados são típicos dos spitz. São um pouco pequenos, inseridos um pouco obliquamente e afastados entre si. As orelhas apresentam-se erectas e são grossas, triangulares e com pontas arredondadas.

O pescoço é musculado, sem papadas, terminando num peito profundo e amplo. As costelas são moderadamente arqueadas e o dorso é firme e robusto. Os quartos traseiros são bem desenvolvidos. As patas são fortes e redondas e a cauda de inserção alta é grande e é mantida enrolada sobre o dorso.

História

O Akita Japonês, igualmente conhecido por Akita Inu ou Shishi Inu, é considerada a maior raça japonesa de cães. Pertence à família dos spitz, composta por mais seis variedades: Shiba Inu, Hokkaido Inu, Kai Inu, Tosa Inu, Shikoku Inu, Kishu Inu.

Pensa-se que o Akita Japonês seja herdeiro de mais de 300 anos de história, ao longos dos quais desenvolveu diferentes papéis na companhia do homem. Foi inicialmente utilizado para a caça de javalis, ursos e veados na região de Akita, sendo também capaz de trabalhar na neve profunda.

Todavia, o passado deste cão carece de factos históricos precisos, uma vez que pouco se sabe como se desenvolveu ao longo dos tempos. Pensa-se que foram efectuados vários cruzamentos com outras raças de cães, o que lhe foi conferindo características físicas variáveis.

Provavelmente, o intuito seria o de obter um exemplar mais capaz na luta de cães. O Tosa Fighting Dog, o Mastim, Pastor Alemão e o São Bernardo, são algumas das raças sugeridas pelos autores. No entanto, apesar de mais robusto, o Akita não revelou ser o talentoso lutador que se esperaria.

Para além do “desporto” (e da já mencionada ajuda na caça), o Akita Japonês foi igualmente cão de companhia de muitas famílias aristocráticas japonesas.

A I Guerra Mundial veio revelar-se um período particularmente difícil para esta estirpe, cujo insaciável apetite pouco pode ser satisfeito nesta altura de escassez. Muitos morreram à fome e o perigo de extinção chegou a ameaçar esta estirpe.

No entanto, em 1931 foram encontrados alguns Akita que, por não estarem ligados à luta de cães, poderiam constituir-se como exemplares raros para uma futura selecção. No ano seguinte, esta raça começa a ser matéria dos jornais nacionais, por causa de um episódio ocorrido com um Akita que esperou pelo seu dono até à morte, sem saber que este já havia falecido longe de casa.

Esta popularidade, acrescida da vontade de alguns criadores, criou a conjuntura ideal para que a nível institucional fossem tomadas algumas medidas que contribuíram para assegurar a sobrevivência da linhagem e retirá-la do estado preocupante em que se encontrava. Exemplo disso, foi a sua designação como “Monumento Nacional do Japão” e toda a publicidade (em selos e não só) que tal acto cerimonial envolveu. A fundação, em 1927, da “Sociedade Protectora do Akita Inu”, foi igualmente importante, bem como todos os esforços posteriores a nível de selecção e apuramento da estirpe.

O Akita chega aos EUA em 1937, tendo sido remetido a Helen Keller, e chamava-se, curiosamente, “Kamikaze-go”. A década de 40, revela-se um dos períodos mais cruéis para esta raça, uma vez que, com o início da II Guerra Mundial, muitos destes cães foram abatidos e a sua pele e carne aproveitadas. Só em tempo de paz é que a raça foi restabelecida, sendo desenvolvida simultaneamente no Japão e nos EUA.

A introdução da estirpe nos EUA, deu-se com maior seriedade nos anos 40 e 50, e originou o aparecimento de uma nova “linha”, característica por uma “cabeça de urso” maior (a japonesa assemelha-se à de uma raposa) e por uma estrutura óssea mais robusta (precisamente oposta á original porque mais leve).

Em 1956, foi fundado o Akita Club of America mas, só em 1972, é que a raça começa a ser registada no Livro de origens do Kennel Club.

Actualmente, estes cães são mantidos sobretudo como animais de estimação, mas continuam a ser utilizados pela polícia, na terapia e como cães de guarda.